A PROVA PENAL E A IMPLICAÇÃO DO FENÔMENO DAS FALSAS MEMÓRIAS

Autores

  • Davi Filipe de Oliveira Braga França Centro Universitário Uninorte
  • Rafael Figueiredo Pinto Defensoria Pública do Estado do Acre / Centro Universitário Uninorte

DOI:

https://doi.org/10.59133/rjmpac.v1i2.21

Palavras-chave:

Falsas Memórias, Prova Testemunhal, Processo Penal

Resumo

A fase instrutória do processo penal é parte de extrema relevância para o devido processo legal, posto que nela o conjunto de provas apresenta toda a matéria útil à compreensão do fato delituoso em análise. A afluência entre a prova testemunhal e a memória traz riscos para o processo, em razão da situação psicológica do depoente influenciar ativamente no que vai ser por ele expresso, de modo que sua contribuição processual pode não se coadunar verdadeiramente com o fato, por ser sua memória passível de mudanças e influências. Assim, o escopo desse trabalho, de cunho bibliográfico, consiste na análise do fenômeno das falsas memórias, bem como sua influência na prova testemunhal utilizada no processo como prova. Para tanto, empregar-se-á na pesquisa o método hipotético-dedutivo.

Biografia do Autor

Rafael Figueiredo Pinto, Defensoria Pública do Estado do Acre / Centro Universitário Uninorte

Doutorando em Direito (UnB). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Acre (2019). Especialista em Direito do Estado pela JusPodivm (2010). Especialista em Direito Penal e Criminologia pelo Instituto de Criminologia e Política Criminal/Uninter (2021). Graduado em Direito pela Faculdade Ruy Barbosa - BA (2008). Defensor Público do Estado do Acre. Professor de Criminologia e de Direito Penal do Centro Universitário UNINORTE. Foi professor substituto da Universidade Federal do Acre (2017-2019). Membro e atual Coordenador-Adjunto Regional do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) no Estado do Acre.

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Publicado

27-04-2022

Como Citar

DE OLIVEIRA BRAGA FRANÇA, D. F.; FIGUEIREDO PINTO, R. A PROVA PENAL E A IMPLICAÇÃO DO FENÔMENO DAS FALSAS MEMÓRIAS. REVISTA JURÍDICA DO MPAC, Rio Branco, v. 1, n. 2, p. 44–63, 2022. DOI: 10.59133/rjmpac.v1i2.21. Disponível em: https://ojs.mpac.mp.br/index.php/revista/article/view/21. Acesso em: 27 dez. 2024.